9 de out. de 2005

A Sala de Gravura e o Fênix



Neste momento, em que a comunidade artística vivencia um conflito de paradigmas nas artes, ocorreu um incêndio nas salas de gravuras do Atelier Livre destruindo parcialmente suas instalações impedindo seu funcionamento.



Pode ter sido simbólico o fato deste ato de vandalismo ocorrer justamente nas oficinas, que há mais de quarenta anos deram origem ao Atelier Livre, mas apesar de todas as diversidades um pequeno grupo de alunos e freqüentadores das oficinas não se deixaram intimidar.



Em salas improvisadas, embaixo de escadas, não só continuaram a produzir suas imagens, como também se propuseram a realizar um desafio ainda maior: realizar uma xilogravura com nove metros de comprimento por três de altura.



Este trabalho surge acima das questões individuais e vem firmar a vocação do Atelier em superar dificuldades, transformado as perdas em ações coletivas.



As adversidades e os altos e baixos sempre estiveram presentes ao longo dos anos no Atelier que sempre soube como superá-las. Mas foi graças ao esforço do Secretário de Cultura Sérgius Gonzaga, da Coordenadora de Artes Visuais Regina Olwailer e da nossa Diretora e Artista Míriam Tolpollar que alguns meses depois, no segundo semestre, a nova sala de gravura voltou a funcionar normalmente.



Como a história da Fênix, que sempre volta resurgindo das cinzas, a sala de gravura literalmente ressurge das cinzas, reconstruída e com força redobrada.



Por esse motivo a Semana da Gravura de 2005 tem importânte significado para os alunos de gravura, para os freqüentadores do Atelier Livre e para a comunidade em geral.